"a cada se ciclo me refaçodo pó ascende meu espírito inflamado

Pelas tantas vezes que me desfiz, eu sozinha,

através dos venenos e das lâminas fieis, pelo fogo inquisitor,

ainda assim, floresço como uma rosa selvagem no deserto das ilusões."

Anne Albuquerque


domingo, 27 de junho de 2010


Como você pôde ser tão perfeito
Simplesmente chegar e me invadir
E como se nunca houvesse explicações a dar
Tão somente ir embora...
Me deixando apenas a promessa de vida eterna
Por tanto tempo,
Me forcei a vê-lo ir e vir
Sempre com aquele mesmo sorriso
Sem nenhuma palavra a dizer,
Esgueirando-se entre as sombras
Quando podia simplesmente me encontrar
És tão sóbrio e envolto em mistérios
A sedução em cor de esmeraldas
A morte nos lábios de amante
Uma resposta a tudo que eu sempre quis.
por Anne Albuquerque

domingo, 16 de maio de 2010



Meu amor veste cores proibidas
Tem um sabor as vezes doce as vezes amargo
É inconstante e intenso
Meu amor tem um “quê” de selvagem
É imprevisível e indomável
Segue suas próprias regras, tem seu próprio tempo
Ao meu amor não cabe uma descrição
Vive em constante mudança
É assim, livre, como deve ser...
É alegre e inocente,
Quente e erótico,
Meu amor é único,
Tão meu e seu,
Indecifrável...

por Anne Albuquerque


domingo, 18 de abril de 2010


Sequer um vestigio de que estive lá
Passei em branco no seu caminho
Uma memória a ser esquecida
Anônima, esperei sem resposta
Perdida em páginas deixadas pra trás
Presa entre uma ou outra palavra de amor
Estive sempre esperando,
Por um dia perfeito que nunca veio
Foram todas essas doces ilusões
Um dia, nosso pequeno paraiso
por Anne Albuquerque

domingo, 11 de abril de 2010



Pense o que quiser...
Não tenho a pretensão de controlar seus pensamentos,
Ainda que pudesse não tentaria,
A incógnita é ainda mais atrativa...
Venha e me decifre...
tire suas próprias conclusões!
Surpreenda-se com meus labirintos invisíveis
Sou muito mais do que aquilo que você vê...
Posso ser o mais doce mel,
Ou um veneno letal.
Posso ser sua se quiser,
Ou a razão de sua loucura
Não tente me definir..
Hoje estou inocente dos meus erros,
Amanha nem tanto,
Prefiro me fazer de boba,
E ver onde podemos chegar
Sou o que meus sentimentos fazem de mim,
Vivo em constante mudança como o tempo e as marés ...


por Anne Albuquerque

quarta-feira, 7 de abril de 2010


Sou uma fêmea erotizada,

Mulher envolta em véus misteriosos

Sacerdotisa sagrada,

Dançando poesias nos teus templos secretos.

Sou uma flôr rara de pétalas escarlates,

semeando com um bailado mitico

Teus desertos de uns três mil anos....

por Anne Albuquerque

sábado, 20 de março de 2010



Incrível como permaneces o mesmo
Teu largo sorriso e voz aveludada...
Es exatamente como me lembrava
És eterno, amor!
E anseio no meu intimo ser igual.
A cada momento, minha vida se esvai
Tudo é lento demais sem tua presença,
Vem, e acalma minha revolta
Por viver condenada sem teu amor
Conduz meus passos aos nossos jardins
De volta a algum lugar perdido na memória
És eterno, amor!
Mas não por muito tempo...
Tudo me parece sempre longe demais
Assim como tua face amada
Ah amor!
Me envolve novamente em teus braços
Teu corpo é porto mais seguro
Embriaga meus pensamentos com teus beijos
Mata-me com teu prazer louco de amante
Leva-me embora contigo...

por Anne Albuquerque


sábado, 13 de março de 2010


Minha alma era fria,
Mas em alguns momentos centelhas quentes se acendiam
Como um Sol nesse espaço vazio dentro do peito,
Iluminando o profundo abismo por tras dos meus olhos
E eu não me reconhecia...
Os raios dourados da manhã tocaram suavemente minha pele
num último amanhecer de glórias saudado com um sorriso
Tão breve como um instante que o tempo desprezou
Esvai-se toda a beleza tecida em finas teias, as estações.
Nevava aquele dia, e só eu não percebi que era frio e sozinho,
o caminho para o berço dos meus sonhos de cristal.
Os flocos caíam docemente deixando o rosto roseado,
e eu não vi quando se tornaram parte de mim...
Minha alma era fria,
Mas em alguns momentos centelhas quentes se acendiam,
Tristes e sozinhas se extinguiram...
Pense em mim como o inverno incansável,
percorrendo os vales onde jazem rasas minhas vontades
Seguida apenas pelas minhas próprias incertezas,
Sem reconhecer outro rosto senão este de olhos vazios...
por Anne Albuquerque